Em
meados do século XVIII, surge nesta região
a Vila de São Carlos das Campinas. Ao seu redor vão
surgindo as sesmarias, grandes porções de
terras incultas e devolutas que o governo imperial concedia
a pessoas que gozavam de prestígio pelo império
português no Brasil. Sumaré tem a sua origem
vinculada as sesmarias. As mais antigas referências
à região do Quilombo, há mais de 200
anos, são encontrados em documentos de doação
das sesmarias.
Com
o desmembramento das sesmarias, a região passa a
ser formada por fazendas. Em suas culturas, destaque para
o café. Com fazendas e povoado formados, no dia 26
de julho de 1868 foi construída uma capela dedicada
à Nossa Senhora de Sant’Ana, marco da fundação
de Sumaré.
Em 1875, com a inauguração da estação
da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o povoado progrediu
rapidamente. A Estação recebeu o nome de um
dos maiores engenheiros brasileiros, Antonio
Pereira
Rebouças Filho.
Em 1920, em franco desenvolvimento, o povoado já
contava com energia elétrica, posto policial, iluminação
pública, cartório, escola, serviço
telefônico, igreja matriz, subprefeitura e pronto
socorro. O serviço de abastecimento de água
foi inaugurado em 1934.
Sumaré, em seus primordios era conhecida como Quilombo.
Com a passagem da estrada de ferro,
Quilombo
passou a ser chamado Rebouças. A denominação
Sumaré, nome de uma orquídea originária
desta região, se deu em 1945, por meio de um plesbicito.
A escolha do nome se deu em face que a legislação
brasileira impedia dois povoados ter o mesmo nome. Na época,
existia uma cidade, com nome de Rebouças, no Paraná.
O nome da orquídea Sumaré foi escolhida dez
anos antes da emancipação politico administrativa
do município, que conquistaria a sua independência
de Campinas no 1° de
janeiro
de 1953. Sumaré é elevado à condição
de Comarca no ano de 1964.
A partir da década de 60, a população
sumareense passou a registrar um crescimento vertiginoso.
Na década de 70, o crescimento demográfico
chegou a quase 400%. O crescimento populacional se deu,
basicamente, pela grande oferta de terrenos, a preços
acessíveis, e pelo desenvolvimento industrial. Sumaré
passou a ser visto como uma terra de oportunidades, atraindo
migrantes de todas as regiões do Brasil.
IMIGRANTES E MIGRANTES
A história de Sumaré se divide nitidamente
em duas partes: até 1950 sua população
era basicamente formada por imigrantes italianos e portugueses;
depois de 1950, pela presença de migrantes de todos
os estados do Brasil. Os imigrantes vieram quando o café
chegou a Campinas na segunda metade do século XIX.
A produção cafeeira avançava para o
oeste paulista deixando para trás as terras cansadas
e as antigas fazendas
retalhadas em pequenos sítios, agora ocupadas pelos
imigrantes. Eles compravam terras, praticavam a agricultura
nas imediações de Sumaré ou abriram
comércio na zona urbana. O vilarejo crescia ao redor
da Estação de Rebouças, impulsionado
pelo comércio, pela incipiente indústria de
sabão, de tijolos, de bebidas e pela atividade extrativa
da madeira. Em 1907 o povoado tinha perto de 300 habitantes,
em 1912 pouco mais de 400, em 1940 o distrito tinha perto
de 5.000 e em 1950 chegava a 6.000. Coincidido com a industrialização
do Sudeste, as indústrias alcançaram Sumaré
nos anos 50 e a partir de então o município
vivenciou um crescimento vertiginoso a cada década.
Em 1943 veio a 3M do Brasil e, de lá para cá,
dezenas de outras indústrias seguiram o mesmo caminho,
impulsionando o desenvolvimento do município. Em
1991, o distrito de Hortolândia conquistou a emancipação
político-administrativa de Sumaré. Na agricultura,
atualmente, o seu forte é a produção
de tomate, que exporta para os países do Mercosul,
e a cana-de-açúcar, sendo esta cultura, a
que concentra a maior área de cultivo.